quinta-feira, 31 de março de 2011

Tapete carmesim...


senna




A dolência do passado não deixo-me entorpecer...
Que os laços errados apodreçam e venha o alvorecer.
Que as palavras torpes por si só, retornem aos lábios de nó.
Meu nome: “ousadia”, a mesma, os frios sem coragem tem medo de conhecer.

Faço da minha estrada cinzenta, tapete carmesim,
Sei que a poeira de outrora é grudenta, eu insisto e ponho fim!
Fim no velho jardim, cuja as flores, margaridas...
Morrem secas sem colibris.

Pele alva, olhos tristes, alma forte...
Sedenta de rios, cujo o nome: carinho.
Abomino a frieza, aquela, que não tem beleza e nem põe mesa.

A indiferença dos orgulhosos no penhasco,
Já não queima-me a carne,
Ofereço então meu regaço, misturado com meu canto, para seu pobre pranto.



((( Camila Senna))) 



4 comentários:

  1. Camila,



    Também faço da minha estrada cinzenta, tapete carmezim! Somos atrevidas então, moça!

    Lindos e profundos versos!


    Um abraço, Marluce

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  2. Oi Camila,
    Tuas rimas são encantadoras, colocam o ritmo do vento nas folhas secas caindo.
    Abç

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  3. Mario, Marluce e Will... tão feliz pelos comentários. Obrigada!

    - Marluce, se não fizermos da nossa estrada cinzenta, tapete carmezim, somos engolidas por leões nessa terra de piratas. rs

    Shalom.

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