segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Prêmio Cabo Frio de Cultura e Entretenimento abre o ano da Literarte e homenageia grandes nomes das Belas Artes e da Cultura.



Arte e Cultura em Festa para o  Prêmio Cabo Frio de Cultura e Entretenimento. A premiação tem como objetivo destacar os melhores trabalhos de mídia, literatura, música e artes em geral, desenvolvidos no ano de 2014.
         - Nesta primeira edição, as categorias contempladas serão de alcance visual, impresso, popular, digital, musical, literário e teatral; dentro dos critérios de criatividade, adequação e equilíbrio – explica a presidente da Literarte, Izabelle Valladares.
No evento serão homenageadas personalidades da Região dos Lagos e de outras localidades do Brasil e do mundo.
- Com este Prêmio, a Literarte reconhece e premia quem se destaca na sociedade com excelência na gestão de suas carreiras, contribuindo assim para o desenvolvimento cultural do país – ressalta Izabelle.
         O Grupo Literarte, com sede na cidade de Cabo Frio, é liderado pela Associação Internacional de Escritores e Artistas e está presente em 18 países com grupos correspondentes.
         A cerimônia de entrega do Prêmio será no dia 28 de fevereiro, sábado, às 18h, no Teatro Municipal de Cabo Frio.

Lista dos agraciados:

Literatura:
Beatriz Fiquer - Categoria: Escritora Destaque
Eliane Negrão - Categoria: Poeta Revelação 2014
Janinni Rosa – Categoria: Escritora Revelação 2014
Marcos Filho - Categoria: Escritor Revelação
Marcelo Fontes - Categoria: Melhor Livro Infanto-Juvenil
Marcelo Garbine (Mingau Ácido) - Categoria: Melhor Criatividade Literária
Maria de Fátima Soares - Categoria: Melhores Escritores
Marilina Baccarat - Categoria: Escritora Destaque
Renata Carone Sborgia - Categoria: Escritora Destaque
Roberto Ferrari- Categoria: Melhores poetas
Sergio Borsoi Junior - Categoria: Poeta Revelação 2014
Thomas Aragutti- Categoria: Escritor Revelação

Música:
Batuquiando - Categoria: Melhor Grupo de Samba de Raiz
DJ Mangueira - Categoria: Melhores DJs
Grupo Amadeus - - Categoria: Melhor Grupo de Cordas
Jubiabá da Bahia - Categoria: Melhores Músicos
Lenildo do Forró - Categoria: Melhor Intérprete de Música Regional
Luciana Branco – Categoria: Música (idealizadora do projeto “Santo Samba”)

Teatro:
Anderson Macleyves - Categoria: Melhores Diretores Artísticos Teatrais
Douglas Carvalho - Categoria: Melhor Humorista
Jiddu Saldanha - Categoria: Melhor Artista Performática
José Antônio Mendes - Categoria: Artista Destaque
Nay Junqueira - Categoria: Melhor Atriz Mirim
Yuri Vasconcelos - Categoria: Melhores Atores

Artesanato:
Eliane Guedes - - Categoria: Melhores Artesãos
Erika Valladares - Categoria: Melhores Artesãos

Cinema:
Milton Alencar Junior - Categoria: Melhor Cineasta

Mídia:
Peargentino Neto - Categoria: Melhores criadores de Artes Gráficas
Eliana Lopes - Categoria: Melhores Artistas Gráficos
Ademilton Ferreira - Categoria: Melhor Locutor Radiofônico
Ana Paula Mendes - Categoria: Melhor Apresentadora
Augusto de Carvalho - Categoria: Melhores Jornalistas
Carlão (Programa “Raízes”)- Categoria: Melhor Programa Cultural
Fernanda Carriço - Categoria: Melhores programas com interação radiofônica
Keetherine Giovanessa (Revista e Programa “Elegante”) - Categoria: Revista e TV
Litoral News - Categoria: Melhor cobertura (Televisão)
Lucas Madureira - Categoria: Melhores Jornalistas
Rede InterTV Alto Litoral - Categoria: Mídia de Maior Apoio Cultural
Revista Nossa Tribo – Categoria: Mídia Impressa
Simone Mendonça - Categoria: Melhores Jornalistas

Homenagens Especiais:
Carmem Hussein (escritora)
Cláudia Mury (teatro)
Evangelos Pegadillis (Museu José de Dome)
Jornal Folha dos Lagos (aniversário de 25 anos de fundação)
Mardilet Friendrich Fabre (Literatura)
Mazinho Senos (música)
Meri Damasceno (escritora e historiadora)
Neri Fornari Bocchese  (escritora)
Penha Accioly (televisão)
Roberto Ferrari (escritor)
Rosa Demarchi (dança)
Sol Figueiredo (Homenagem Especial)
Sônia Portugal (Museu José de Dome)
Tony Fonseca (televisão)
Wagner Cabral (Ator e iluminador cênico - teatro)
Zuleika Crespo (Homenagem Especial)

Mais informações sobre o Prêmio no endereço:
  
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sábado, 24 de janeiro de 2015

ETERNO AMOR




ETERNO AMOR
Eu nunca tinha sentido nada igual antes. Uma sensação assim, quase inexplicável. A primeira vez que eu atingi o orgasmo, foi também a primeira vez que eu fiz amor com ele, também a minha primeira relação sexual.
Como é bom fazer amor com o homem que eu amo! Meu único homem. Aliás, acho que o único homem é meu. Eu não vejo outros. Eu sou dele, inteira... sempre serei. O prazer é tão grande... Ele me trata com tanto carinho... Eu gostaria que os nossos momentos juntos, principalmente aqueles, nunca terminassem.
Esse negócio que ouço as mulheres falarem que a primeira vez dói muito e sangra, é tudo uma grande bobagem. Acho que elas inventam, ou, então, ele é o único homem que conhece e sabe usar o corpo, fazer amor com uma mulher e, por muita sorte, tinha que ser o meu.
Na minha primeira vez, a princípio, é lógico, pelo que me contavam, eu estava um pouco nervosa. Mas, quando me dei conta, a gente estava se acariciando de uma maneira deliciosa sem o empecilho das roupas e olhos curiosos. Foi como se estivesse sonhando... aquele corpo de homem inteirinho para mim, nuzinho, para fazer o que desejasse; isolados no nosso ninho de amor, sem preocupações e olhares indiscretos e maldosos. O que eu mais queria naquele momento, era me entregar a ele, inteira, por dentro e por fora, deixar de ser uma garotinha para ser uma mulher, a mulher, fêmea do homem que eu amo. Ambos estávamos prontos e ansiosos para tomar a posse, integral e definitiva, por inteiro, do que sabíamos nos pertencia. Assim, aconteceu como se fosse a coisa mais natural no mundo, como se eu já tivesse feito aquilo várias vezes, eu sabia tudo, instintivamente. O meu corpo foi preenchido justamente pela parte que lhe faltava. Eu me completei. Me tornei, naquele momento uma mulher, inteira, feliz.
Impressionante! Eu mesma me espantei. Eu já sabia tudo. Acho até que fui eu que tomei a iniciativa. Fiz do jeito que eu desejava, como eu sentia melhor. Até que veio aquela sensação louca, uma vontade de ter mais e mais. Descobri que a busca do orgasmo passa a ser intuitiva. Quando você goza percebe o que estava fazendo e fica com uma sensação de cansaço, mas muito, muito feliz. Agora eu entendo que nós não somos inteiros, precisamos encontrar a nossa outra parte para nos completar. Eu o amo, adoro. Eu o quero sempre, sempre... e tenho certeza que os sentimentos dele são iguais aos meus. Nós nos completamos, não vivemos mais um sem o outro.
Foi assim que a Estela me contou, quando me confidenciou sobre o relacionamento deles. Quando ela me falou que estava namorando, eu até pensei que era algum colega nosso. Fiquei muito surpresa quando ela revelou quem era... Nunca poderia imaginar... o Marcio, o professor de literatura - disse a amiga Renata.
Depois, ela me falou que estava muito preocupada. Eles não sabiam o que fazer porque ela ainda não era maior de idade e o seu pai tinha descoberto de alguma forma ou alguém que os viu juntos contou para ele. O pai não aceitou que ela namorasse um homem com a mesma idade dele. Acho que esse foi o maior problema, por isso ele a estava condenando.
Ela me disse que o Marcio também tinha uma filha da mesma idade dela e que também estava tendo problemas. Disse-me que ele chegou a lhe dizer que era melhor que terminassem tudo, porque ela ainda era muito jovem tinha a vida inteira pela frente. Chegou a perguntar várias vezes se ela tinha certeza dos seus sentimentos se era isso mesmo que ela queria. Embora ele a amasse muito, estava disposto a afastar-se, se ela quisesse. Ela lhe disse que queria viver com ele, não importava o resto. Embora amasse e respeitasse os seus pais, ela o amava demais e eles tinham que entender que ele era um homem e ela uma mulher que se gostavam e queriam um ao outro. Queria ficar com ele mesmo que tivessem que fugir e até morreria se tivessem que se afastar.
É impressionante como a sociedade acha que pode e tenta interferir na vida das pessoas, nos sentimentos. Apesar de ele ter vivido mais do que ela, de ter estudado muito e ter uma filha da mesma idade dela, ele ainda era homem. Um homem muito especial para ela, que já era mulher, apesar de não ter vivido tanto quanto ele.
Ultimamente ela vivia triste, sem vontade de voltar para casa. Ficava mais feliz quando fazia hora na biblioteca a pretexto de estudar. Agora eu sei que ela ficava esperando o Marcio terminar as aulas.
Por causa disso tudo, eu, às vezes, fico pensando se o homem enquanto animal instintivo seleciona da mesma forma que o homem social a relação macho/fêmea, homem/mulher, na questão do sexo (refletindo filosoficamente). Eu só sei que por conta disso eu perdi a minha melhor amiga e que o pai dela deve estar muito triste e arrependido.
Quando ela não apareceu na escola dois dias seguidos sem dar notícia, eu pensei que tinham fugido, principalmente porque o Marcio também não foi dar aulas. Eu até fiquei feliz. Era a única pessoa que sabia do relacionamento deles, além do pai e da mãe, é claro. Pensei que ela estivesse bem longe, vivendo o seu amor, a vida que ela tanto queria. Jamais iria imaginar que ela levaria adiante, com tanta determinação, aquela história de para viver sem ele era melhor morrer.
Por isso foi um choque para mim, aquela notícia publicada no jornal que circulava pelo colégio com a fotografia da minha melhor amiga morta, abraçada, na cama de um quarto de motel, com o professor de literatura, provocando comentários maldosos e indiscretos a respeito dos dois, de quem jamais imaginaria o que ia ao coração daquelas duas pessoas que deram a vida para morrer nos braços um do outro, fazendo amor.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Romance Bianca - Um amor que sobrevive aos séculos - Capítulo 1 - O Diário de Mary (parte II)



São Paulo, 03 de Junho de 1996, Segunda-Feira.

Acabo de voltar de mais uma das minhas aventuras noturnas… O sentimento é o mesmo de outros dias: Sensação de vazio… Não é o Amor que me move, nem mesmo o desejo… Não… Sou sim movida pelo Amor, mas não é um sentimento meu, é como se eu estivesse vivendo a vida de outra pessoa… O que está acontecendo comigo?

Poema que eu deixei hoje na porta de Emanuela… Quem está dentro de mim, utilizando minhas mãos para escrever essas palavras?

“E quando a noite cai…
Quando o vento gélido vem me tocar…
Quando o Sol se apaga…
Quando a escuridão domina…
E uma lágrima rola solitária…
Quando minha alma sangra…
Apunhalada pela solidão,
Pela saudade…
Quando a noturna escuridão se desfaz,
E dá lugar ao Sol,
Que já não sabe mais iluminar minha vida,
Nem me aquecer…
Quem irá dizer que me ama?
A quem entregarei meus sentimentos,
Meu coração,
Meu corpo…
Se você não está comigo,
Viver não tem sabor,
Não tem razão de ser…
Se você não está comigo…
Pra que respirar?
Quem vai curar essa saudade,
Que você deixa quando está longe?
Que a noite escura venha, e me arrebate
Que mergulhe na escuridão esse mundo,
Que me faça ao menos por alguns segundos,
Esquecer sua ausência…
E, em meio à noite fria,
Apareça a Lua,
Astro de quem ama,
Lua ilumina a noite…
Ilumina meus pensamentos…
Embale esse coração,
Já quase inerte,
Coração valente,
Lutador incansável…
Faça-o lembrar
Que um dia,
Sob o luar,
Novamente me unirei a você,
Minha princesa amada…
Donzela dos meus braços arrebatada…
Amo-te,
Preciso de você a cada instante,
Não tê-la me sufoca,
Mas a certeza de que um dia a terei novamente em meus braços
Faz-me continuar respirando,
Mesmo mergulhada na escuridão,
Dá-me a coragem de continuar
E como mitológico herói,
Vencer tudo que se interponha entre nós,
E esperar,
Pelo dia em que poderei tomá-la ao mundo,
E trazê-la para mim,
Fazer de ti minha esposa
Por toda a Eternidade
Amo-Te!”