É fácil escrever poesias
É fácil demais fazer poesia! Demais mesmo! Pode parecer metidez minha ou algo do gênero, mas garanto que não se trata disto, caro leitor. Quem me conhece sabe que eu costumo me aplaudir em meus acertos, mas também ser o meu mais duro crítico quando sinto que falhei em algo. Vislumbro, contudo, cousas mui mais difíceis de se empreender e muitas delas sendo desempenhadas com brilhantismo ímpar. Senão, vejamos...
Em minha humilde opinião, o difícil é chegar à invenção de uma coisinha que capture imagens de um momento, como a câmera fotográfica ou uma filmadora. Difícil deve ter sido a primeira vez em que se construiu algo reto na história humana, fosse mesmo uma régua, ou u’a mesa, o piso, uma casa, um prédio. Até lá deve ter levado tempo o inventor...
Difícil deve ter sido erguer o primeiro prédio (e arranha-céus!). Difícil deve ter sido construir um avião e fazê-lo voar (quanto mais por horas) sem que ele caísse. Aliás, daí vem o nome 14-Bis, de Santos Dumont. Ele caíra treze vezes, com ferimentos variados, antes de conseguir de fato voar. Eta baixinho arretado da moléstia!
Difícil deve ter sido chegar a um chip (armazenar dados – e tantos! - num pedacinho de coisa? Difícil deve ter sido capturar a voz, sons por meio de aparelhos, primeiramente através de fitas magnéticas, depois digitalmente. Quantos passos se deram aqui após a invenção das copiadoras (vulgo xérox)?
O ser humano aprendeu a abrir o corpo de outro sem o matar; aprendeu até mesmo a curá-lo, através inclusive de transplantes. Aprendeu que transfusões de sangue só se podem dar através de existente compatibilidade entre as pessoas (doadores e receptores).
Acredite, fácil demais é escrever. É cousa de dom sim, mas é menos trabalhoso do que o que se enumerou agora. Faz-se mister possuir sensibilidade, sem dúvida alguma, e, em certos casos, musicalidade. Mas não são necessários cálculos complexos, como os d’alguma engenharia ou medicina da vida!
Março de 2010
Meu Caro Amigo Caruso. Prazer em te ler e ter aqui tua companhia. Muito obrigado. O texto É fácil fazer poesia me fez imaginar que o cérebro humano está sempre em expansão, como universo, fazendo analogia com a teoria cosmológica do big bang.
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