Ontem, caminhando pelo Centro de Mossoró, encontrei um dos meus queridos mestres do curso de pós-graduação. Após dar-me um bom-dia sonoro e caloroso, de supetão, ele me pediu que respondesse a uma pergunta, rapidamente e sem pensar. A questão era a seguinte: “Qual o sentido da vida?”
Conforme me foi solicitado, imediatamente, respondi: “Viver”. Em princípio, apesar de lógica, uma resposta lacônica e nada original. Na verdade, o que eu quis dizer com “viver”?
Os anos de experiência me ensinaram que viver é tentar encontrar o equilíbrio entre desejos, crenças, paixões, regras, possibilidades e as condições reais – base para as escolhas, de forma a conviver harmonicamente em meio à coletividade. Sobretudo, viver é estar em sintonia com o transcendental e a ordem do cosmo. É, também, ter fé nesse ser superior capaz de justificar e amenizar os sacrifícios e dissabores terrenos, pelos quais costumamos passar. É ter esperança de contornar/vencer a maior parte dos obstáculos para libertar a felicidade que vive reclusa dentro de nós, muitas vezes acuada e bombardeada pelos entraves, pelas frustrações do cotidiano, pela falta de disposição/iniciativa e pelo medo. Viver não é só amar, pois, mesmo sendo essencial, o amor não é tudo. Viver também não é só acumular bens materiais ou desfrutar deles, pois quem faz essa opção, geralmente, leva uma vida vazia – embora confortável, cheia de prazeres e privilégios.
Seguramente, o sentido da vida não está nos valores transitórios - é pura ilusão acreditarmos nisso. Viver é, ainda, nos conscientizarmos de que estamos neste planeta para servir (e não para sermos explorados), compartilhar os nossos dons em reciprocidade.
Sinceramente, não sei o que o sábio professor achou da minha resposta. Como ambos tínhamos pressa, não havia mais tempo para continuarmos o nosso colóquio; então, nos despedimos.
À medida que fazia o percurso de volta para casa, constatei que, ao fazer essa indagação, ele me deu a chance de repensar minhas escolhas, ações e, de fato, ter bem claro, em minha mente, qual é o sentido da vida, a essa altura da minha existência. Obrigada, mestre, por esta oportunidade.
(© Josselene Marques)
Conforme me foi solicitado, imediatamente, respondi: “Viver”. Em princípio, apesar de lógica, uma resposta lacônica e nada original. Na verdade, o que eu quis dizer com “viver”?
Os anos de experiência me ensinaram que viver é tentar encontrar o equilíbrio entre desejos, crenças, paixões, regras, possibilidades e as condições reais – base para as escolhas, de forma a conviver harmonicamente em meio à coletividade. Sobretudo, viver é estar em sintonia com o transcendental e a ordem do cosmo. É, também, ter fé nesse ser superior capaz de justificar e amenizar os sacrifícios e dissabores terrenos, pelos quais costumamos passar. É ter esperança de contornar/vencer a maior parte dos obstáculos para libertar a felicidade que vive reclusa dentro de nós, muitas vezes acuada e bombardeada pelos entraves, pelas frustrações do cotidiano, pela falta de disposição/iniciativa e pelo medo. Viver não é só amar, pois, mesmo sendo essencial, o amor não é tudo. Viver também não é só acumular bens materiais ou desfrutar deles, pois quem faz essa opção, geralmente, leva uma vida vazia – embora confortável, cheia de prazeres e privilégios.
Seguramente, o sentido da vida não está nos valores transitórios - é pura ilusão acreditarmos nisso. Viver é, ainda, nos conscientizarmos de que estamos neste planeta para servir (e não para sermos explorados), compartilhar os nossos dons em reciprocidade.
Sinceramente, não sei o que o sábio professor achou da minha resposta. Como ambos tínhamos pressa, não havia mais tempo para continuarmos o nosso colóquio; então, nos despedimos.
À medida que fazia o percurso de volta para casa, constatei que, ao fazer essa indagação, ele me deu a chance de repensar minhas escolhas, ações e, de fato, ter bem claro, em minha mente, qual é o sentido da vida, a essa altura da minha existência. Obrigada, mestre, por esta oportunidade.
(© Josselene Marques)
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