sexta-feira, 8 de maio de 2020

Poesia Urbana II


Malabarismos no farol
Guardar carros Sol a Sol
A cidade, a rua, o morro
Gritos mudos de socorro
Pessoas, carros, pressa
O dinheiro acima de tudo
Todo mundo se faz surdo
A vida pouco interessa
Sonhos desfeitos pelas ruas
Prostitutas semi nuas
Caos, medo e confusão
Nas avenidas sem coração
Nossa dignidade foi roubada
Agrotóxicos em escalada
Morte
por bala ou doença
Tá mais perto do que você pensa
E um falso mito na televisão
Veja só que sem noção:
Quer mais armas e menos educação
Quer menos índios e mais destruição
Que país se constrói assim?
Destruindo vidas dia a dia?
Na cidade, no campo, nas matas sem fim
A vida se acaba em tragédia
É só olhar ao redor e observar
Há tanta coisa pra mudar
Tanta história pra contar
Tanta lágrima pra secar
É só ter boa vontade
E começar a unir as pessoas pela cidade
Derrubando reformas e mitos
Tirando do poder os malditos
Revolução das ruas, dos becos e vielas
Hora de ouvir as Marias das favelas
Hora de dar poder ao trabalhador
Pra que se construa um país com mais amor

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