Por tantas vidas eu passei despercebida,
Sendo esquecida, quando ainda me lembrava
Dos vãos detalhes que guardei das despedidas,
Em cada ida que levei minhas migalhas.
Por tantos olhos eu passei sem ser notada,
Fantasiada de paixão, fulgor de amor,
Sendo desvio para vidas massacradas,
Sendo amparo para mágoa e rancor.
Por tantas camas eu passei sem ser amada,
Sendo refúgio de ilusões e desenganos,
Que fui deixando de seguir pra ser guiada,
Sendo escrava dos olhares soberanos...
(Vanessa Rodrigues)
Por tantos olhos tímidos, sinceros deves ter sido cobiçada, sem ter notado...
ResponderExcluirGrande prazer ter você aqui no grupo, querida poetisa.