CAIPORA JURURU
Homem branco
não sabe fazer sinal de
fumaça, bota fogo na mata.
O lume
clareia a escureza na mata virgem,
pinta de sangue o céu,
vira cinza o verde do mundo,
enluta o coração aborígene.
Cari babaquara,
caipora jururu.
A água do rio vai e não
volta,
os bichos fogem para lugar
nenhum,
a caça rareia, a fome veio
para ficar
e o índio também não tem onde
morar.
Cari babaquara,
caipora jururu.
A mãe terra vira areia,
índia bonita não tem aonde a
sua beleza banhar.
Homem branco tinha que ficar
no seu lugar.
Cari babaquara,
caipora jururu.
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