Entre solidão,
se aconchegue dentro deste peito
repleto de incertezas, de um fino desamor,
de argumentos miúdos,
de um bolor de ideias,
de palavras mal dormidas...
Entre solidão,
eternize-se neste ser descuidado e juvenil,
deste peito com afagos e mentiras,
de sentimentos poucos, de ânimo algum.
Solidão...
Entre e sinta o doce sabor destes vastos dramas
e perguntas incertas.
Entre e encontre a mulher em algum lugar,
em algum momento deste peito desordenado,
caduco e falido.
Ah solidão,
tens gosto bom em minha boca,
nos alicerces da minh’alma tens tempero cruel e
amável.
Entre,
encontre-me,
catuca-me, revire a ferida ao avesso
e não me deixe morrer neste amor,
neste algo aqui que muito dói.
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