terça-feira, 13 de março de 2012



Paranoia
Destroços sanguinários de mim,
do monstro que consome minh’alma.
Carência de uma parte que não nasceu ainda,
uma parte pouca,
louca de mim.
Eu ali,
cambaleando no precipício,
sem penas ao corpo para aparar a queda.
Um milagre preciso,
para não murchar meus girassóis de amor.
Partes avulsas da melancolia que se esconde no meu quarto,
na faca,
no diário,
na cama...
Tentei enterrar meus gritos cafajestes,
meus desafetos e
aqui estou,
sem discrição para falar de sexo,
para falar de amor.
Fugi e não tenho vergonha disto.
Os cacos me cortam,
os vultos me empurram...
Esta paranoia ainda me mata
e sonhar tem sido meu fim.

Sulla Mino

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