Dois pontos, reticências, etc
Mario Rezende e seus amigos escritores, poetas poetisas e artistas construindo com argumentos...
sábado, 12 de outubro de 2024
sábado, 28 de setembro de 2024
sábado, 7 de setembro de 2024
domingo, 1 de setembro de 2024
sábado, 3 de agosto de 2024
domingo, 7 de julho de 2024
sábado, 15 de junho de 2024
domingo, 28 de abril de 2024
domingo, 24 de março de 2024
domingo, 17 de março de 2024
domingo, 10 de março de 2024
domingo, 18 de fevereiro de 2024
segunda-feira, 25 de dezembro de 2023
quarta-feira, 13 de dezembro de 2023
Para uma criança que termina o quinto ano
No último dia 08, eu e meus colegas de trabalho decidimos fazer uma surpresa para os alunos do quinto ano que no próximo ano iniciaram uma nova etapa, em outra escola. Escrevi essa poesia para eles e entregamos junto com um pacote de jujubas para cada um. Acho que eles gostaram mais dos doces que do poema…rs… É muito estranho se despedir de uma turminha que você conhece desde que estavam na pré-escola. Dá uma saudade antecipada…rs
De repente, parece que o tempo voou
O quinto ano se despede. Um ciclo se finda.
No recreio, risadas. Na sala, o aprendizado
O coração lembrará com saudade:
De tantos momentos, de tantas histórias.
As páginas da vida se viram com o vento que sopra.
Inúmeras belas memórias!
Olhem para trás com gratidão, para o que aprenderam
Construam os sonhos que na infância teceram
Estudem com muito afinco e vigor,
Pois o conhecimento é a chave, é luz, é amor.
Lembrem:
No livro, na caneta, na mente inquieta,
Está o poder de transformar o que nos afeta.
Estudem não apenas para alcançar o sucesso,
Mas para serem alicerces de mudanças e progresso.
Que a luz do saber possa sempre brilhar no olhar
E que a curiosidade os guie como farol
Sigam em frente, como rios que encontram o mar:
Novos desafios os esperam, é hora de navegar!
A viagem da vida nem sempre é fácil, mas é bela!
Escrevam seus destinos, desenhem sua aquarela
Vocês são as esperança e o brilho do amanhã
Voem alto, construam um novo mundo
Mas recordem-se com carinho deste lugar que os viu crescer.
E saibam que nós estamos aqui, sempre a torcer
Para que a vida os presenteie com vitórias a cada alvorecer!
domingo, 3 de dezembro de 2023
Insustentável
Basta ligar a televisão ou pesquisar em portais de notícias de confiança e ela estará lá, nos observando com olhos famintos: A extinção. A M0rt3. Não é preciso ser um gênio para perceber que construímos uma sociedade globalizada onde poucos acumulam lucros e muitos amargam consequências, não apenas financeiras, de termos um mundo equilibrado na corda bamba do capitalismo e da superexploração de recursos naturais. Ondas de calor, inundações, incêndios, tempestades e doenças. Vivemos as consequências de um projeto que começou séculos atrás, quando pela primeira vez alguém cercou um pedaço de terra e atribuiu a si mesmo a propriedade daquele espaço. Ao entender a Terra e os recursos naturais como propriedade, o ser humano se desvinculou de sua mãe primordial e partiu rumo às aventuras da acumulação (de dinheiro e poder). De filhos da Terra, tornamo-nos usurpadores impiedosos. Talvez, se a propriedade não existisse, muito do que conhecemos hoje ainda nem sonharia em ser desenvolvido, haja vista que tudo é uma consequência de um fato social anterior e até mesmo as guerras foram responsáveis por saltos tecnológicos. Mas estaria tudo bem. Talvez nossos trabalhos ainda fossem mais embrutecidos e manuais, todavia nossa sensação de realização no final do dia seria outra, conheceríamos uma felicidade intensa, simples e verdadeira. E não estaríamos vivenciando a superpopulação e o desequilíbrio ecológico. A triste verdade é que nossa existência, do modo que conhecemos, é insustentável. Ou partimos para uma revolução ecossocialista ou pereceremos. Infelizmente, não acredito que o ser humano tenha condições de saber o melhor para si - vivendo como se nada extraordinário ocorresse todos os dias, empurra para as gerações futuras os problemas causados em nome do lucro e, quando ocorrem tragédias, culpam o destino. Desejam uma solução para novos problemas seguindo hábitos arraigados e estúpidos. Por aqui, sigo observando, sem um pingo de orgulho do mundo que estamos nos preparando para entregar aos nossos jovens, sigo desejando uma (r)evolução ecossocialista que coloque a vida, e não o lucro, no centro da sociedade. A esperança é a última, que morre. Sigamos.